terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Dicas


COMPLEMENTO NOMINAL OU OBJETO INDIRETO?

Lembremos que o objeto indireto é um termo preposicionado que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Já o complemento nominal é termo preposicionado que completa o sentido de um nome.
Vejamos algumas análises:
Legenda
VTI – Verbo Transitivo Indireto
OI – Objeto Indireto
CN – Complemento Nominal
Exemplos:
a) Necessitamos de atenção.
VTI: Necessitamos
OI: de atenção
(Necessita de quê? “de atenção” completa o sentido do verbo “necessitar”. É, portanto, objeto indireto).
b) Temos necessidade de atenção.
Substantivo: Necessidade
CN: de atenção
(Necessidade de quê? “de atenção” completa o sentido do nome “necessidade”. É, portanto, complemento nominal).
c) Confiamos em ti
VTI: confiamos
OI: em ti
(Confiamos em quem? “em ti” completa o sentido do verbo “confiar”. É, portanto, objeto indireto).
d) Temos confiança em ti.

Substantivo: confiança
CN: em ti
(Confiança em quem? “em ti” completa o sentido do nome “confiança”. É, portanto, complemento nominal).


Revisão


                                      Resumo de Análise Sintática – 7º ano

                                                Classificação do Sujeito:




* Sujeito Simples: só apresenta um núcleo - Ex: A lavoura não desperta atenção dos governantes.

* Sujeito Composto: é formado por dois ou mais núcleos - Ex: A lavoura e a Pecuária não despertam a atenção dos governantes.

*Sujeito Desinencial: percebe-se o sujeito através da desinência do verbo - Ex: Iremos ao shopping amanhã.

* Sujeito Indeterminado: observar verbo na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular mais a partícula se - Ex: Vive-se bem aqui.

* Oração Sem Sujeito: verbos que indicam fenômenos da natureza, verbo fazer indicando tempo passado, verbo ser indicando horas, verbo haver no sentido de existir e acontecer... Ex: Choveu muito hoje.

TIPOS DE PREDICADO
* Predicado Verbal: quando o verbo indica ação e seu núcleo é o próprio verbo
- Ex:     Ele comprou várias coisas.

* Predicado Nominal: quando tem um verbo de ligação e seu núcleo é o predicativo
 - Ex: Ela permanece quieta.

* Predicado Verbo-Nominal: quando tem um verbo de ação e um predicativo e seus núcleos são o verbo e o predicativo - Ex: O avião chegou atrasado.

PREDICAÇÃO VERBAL
* Verbo transitivo: pede complemento (objeto)
* Verbo Intransitivo: não pede complemento
* Verbo de Ligação: indica estado ou qualidade ao sujeito ou ao objeto
* Verbo Transitivo Direto: pede complemento e não tem preposição - Ex: Comprei uma casa na praia.
* Verbo Transitivo Indireto: pede complemento e tem preposição - Ex: Gosto de ovos fritos.
* Verbo Transitivo Direto e Indireto: pede dois complementos: um direto e outro indireto - Ex: Comprei flores para você.

ADJUNTO ADNOMINAL
* Funcionam como adjuntos adnominais as seguintes classes gramaticais:
- Artigo
- Numeral
- Pronome
- Adjetivo
- Locução Adjetiva - Sempre acompanhando um substantivo.

PREDICATIVO DO SUJEITO E DO OBJETO
* São palavras que indicam estado ou qualidade ao sujeito ou ao objeto. Atenção: andar, tornar-se, parecer, permanecer, continuar, tornar-se, estar... podem funcionar como verbo de ligação.
APOSTO
* Como se diz o próprio nome, é o nome que se opõe a outro termo para especificá-lo, esclarecê-lo, ampliá-lo ou resumi-lo (especificativo, enumerativo, explicativo e resumitivo).
VOCATIVO
* É um termo de interpelação ao interlocutor. É um termo de "chamamento" - Ex: Senhor Presidente, não vês que o país está sendo invadido?


Revisão


                                                   Morfologia e classes morfológicas 


Na língua portuguesa, a morfologia é uma parte da linguística que estuda as estruturas e/ou as formação das palavras. Do grego, a palavra morfologia corresponde a união dos termos “morfo” (forma) e “logia” (estudo).


Classes Morfológicas
De maneira geral, a morfologia estuda a origem, as derivações e as flexões das palavras, expressas, na língua portuguesa, por dez classes morfológicas ou gramaticais de acordo com a função de cada, das quais seis delas são classificadas como palavras variáveis (substantivo, adjetivo, pronome, numeral, artigo e verbo), uma vez que podem variar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo) e as palavras invariáveis (preposição, conjunção, interjeição e advérbio):


Substantivos: nomeiam os seres em geral sendo classificados em substantivos: simples, composto, concreto, abstrato, primitivo, derivado, coletivo, comum e próprio.

Adjetivos: atribuem qualidades e estados aos seres sendo classificados em adjetivos: simples, composto, primitivo e derivado.

Pronomes: acompanham os substantivos de maneira que podem substituí-los; são classificados em pronomes: pessoais (caso reto e caso oblíquo), possessivos, demonstrativos, tratamento, indefinidos, relativos, interrogativos.

Numerais: determinam a quantidade de tudo que existe sendo classificados em: cardinais, ordinais, fracionários, coletivos e multiplicativos.

Artigos: determinam o número e o gênero das palavras sendo classificados em artigo definido e indefinido.
Verbos: indicam ações, estado ou fenômeno sendo classificados em verbos regulares e irregulares.

Preposições: conectam dois termos da oração por meio de uma relação de subordinação. Dessa maneira, conforme a circunstância estabelecida, são classificadas em preposição: lugar, modo, tempo, distância, causa, instrumento e finalidade.

Conjunções: conectam dois termos semelhantes gramaticalmente, sendo classificados em: conjunção coordenativa (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas); e conjunção subordinativa (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais).

Interjeições: indicam emoções, sentimentos, sensações e estado de espírito sendo classificadas em interjeições de: advertência, saudação, ajuda, afugentamento, alegria, tristeza, medo, alívio, animação, aprovação, desaprovação, concordância, desejo, desculpa, dúvida, espanto, contrariedade.

Advérbios: modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio sendo classificados de acordo com a circunstância que expressam: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


                             Testando o conhecimento
1.      Com o novo acordo, quais letras passam a integrar o alfabeto da língua portuguesa nos países que compõem a CPLP?

2.      A regra anterior, para acentuação no português do Brasil, determinava que se acentuassem todos os ditongos abertos (“éu”, “éi”, “ói”), como acontecia em assembléia, céu ou dói. Assinale a opção em que as palavras que apresentam ditongo aberto estão acentuadas corretamente, tendo em vista o novo acordo, e justifique a sua escolha explicitando a nova regra.
a.       assembleia, doi, ceu.
b.      assembléia, doi, ceu.
c.       assembléia, doi, céu.
d.      Assembleia, dói, céu.
e.       Assembléia, dói, céu.

3.      Assinale a única opção correta, segundo o uso do acento circunflexo e de acordo com a nova regra. Justifique sua escolha.
a.       Pôde.
b.      Pêra.
c.       Crêem.
d.      Enjôo.
e.       Pêlo.

4.      De acordo com a nova ortografia, assinale a opção que apresenta todas as palavras grafadas corretamente. Em seguida, justifique sua escolha.
a.       bússola, império, platéia, pólo, Panamá
b.      bússola, império, plateia, polo, Panamá
c.       bussola, imperio, plateia, polo, Panama
d.      bússola, imperio, plateia, polo, Panamá
e.       bussola, imperio, plateia, pólo, Panamá

5.      Tendo em vista a nova grafia quanto ao uso do hífen, assinale a opção correta. Justifique a sua escolha.
a.       Co-autor, anti-social e micro-ondas
b.      Coautor, antissocial e microondas
c.       Co-autor, antissocial e micro-ondas
d.      Coautor, anti-social e microondas
e.       Coautor, antissocial e micro-ondas




terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Acordo ortográfico

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi elaborado há 18 anos e só agora sai do papel para ser adotado a partir do ano que vem. O objetivo dessa reforma é sincronizar a ortografia de todos os países que falam português, acabando com as diferenças existentes entre eles.

Esse acordo atinge todos os países da Comunidade de de Países de Língua portuguesa, e já foi ratificado por Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Os demais países que ainda não ratificaram o acordo, na teoria, não fazem muita diferença e serão obrigados a usar o nova ortografia, uma vez que basta a assinatura de três integrantes da comunidade para se adotar uma mudança.

No Brasil,  a partir de 2009, será adotada a nova ortografia e, entre 2010 e 2012, será o período de transição, onde tanto a ortografia antiga quanto a nova serão aceitas e, a partir de 2012, somente a nova ortografia será aceita.

        Mudanças da nova reforma ortográfica
As mudanças previstas pelo Novo Acordo Ortográfico, assinado pelos países lusófonos em 1990, começam finalmente a vigorar, em tese.
A mídia de certo modo o apresenta como uma unificação da língua portuguesa, entretanto, essa reforma não interfere na língua, visto que nem poderia, pois ela não é passível de alterações por decretos, leis e acordos, portanto, o Novo Acordo apenas unifica a ortografia. Assim, a língua permanece a mesma, o que muda é a ortografia de algumas palavras, isto é, a maneira de grafar algumas delas.
Dentre os objetivos da mudança na ortografia está a intenção de melhorar o intercâmbio entre os países que falam a língua portuguesa; reduzir os custos financeiros com a produção e tradução de livros; facilitar a troca bibliográfica e tecnológica; aproximar os países de língua portuguesa.
Para os brasileiros as mudanças que ocorreram são poucas e atingem algumas regras de acentuação das palavras e de uso do hífen.

ACENTUAÇÃO

A)  O TREMA deixa de ser usado:
Palavras como lingüiça, cinqüenta e tranqüilo passam a ser escritas como linguiça, cinquenta e tranquilo;
B)  Não se acentua mais com acento circunflexo as duplas OO e EE:
Palavras como enjôo, vôo, lêem e crêem passam a ser escritas como enjoo, voo, leem e creem.
C)  Os ditongos abertos ÉI ÓI das palavras paroxítonas deixam de ser acentuados:
Palavras como idéia, platéia, paranóico e jibóia passam a ser escritas como ideia, plateia, paranoico e jiboia.
D)  Quando precedidos de ditongo, nas palavras paroxítonas, o acento agudo no I e no U tônicodeixam de existir:
Palavras como feiúra e baiúca passam a ser escritas como feiura e baiuca.
E)  Não se acentua mais as formas verbais do U tônico precedido de G ou Q e seguido de E ou I:
Palavras como averigúe e apazigúe passam a ser escritas como averigue e apazigue.
F)  O acento agudo ou circunflexo usado para distinguir palavras paroxítonas que são homógrafasdeixa de existir, portanto, deixam de se diferenciar pelo acento:
·         para (verbo parar);
·         para (preposição);
·         pela (substantivo e flexão do verbo pelar);
·         pelas;
·         polo;
·         pelo (flexão de pelar);
·         pelo (substantivo);
·         pera (substantivo, fruta);
·         pera (substantivo arcaico, pedra, e pera, preposição arcaica).

HÍFEN
O hífen é um sinal de gráfico mal sistematizado na língua portuguesa e, para isso, o Novo Acordo tentou organizar seu uso com regras que tornam mais racional e simples a sua utilização.
Nas palavras formadas pelo processo de prefixação, só se usa o hífen quando:
·         O segundo elemento começa com h: super-homem, subhumano;
·         O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com a mesma vogal: micro-ondas, auto-observação;
·         O prefixo é pré-, pró-, pós-: pré-fabricado, pós-graduação, pró-reitor;
·         O prefixo é circum- ou pan- e o segundo elemento começa com vogal, h, m ou n: circum-mediterrâneo, pan-helenismo, pan-americano.
Não há hífen quando:
·         O segundo elemento começa com s ou r, assim, essas consoantes deverão ser duplicadas: antirrugas, antissemita, minissaia, microssistema.
·         Quando prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente: antiaéreo, hidroelétrica, autoescola, extraescolar.
Para mais detalhes sobre a utilização do hífen, consulte o artigo Uso do Hífen (Novo Acordo Ortográfico).
OS CASOS DAS LETRAS K, W, Y
As letras k, w, y agora estão incluídas em nosso alfabeto, que passa a ter 26 letras. O Acordo apenas estabeleceu a sequência delas na listagem alfabética, logo, o k vem após o j, o w depois do v e o y após o x.
Para mais detalhes sobre como ficou o alfabeto brasileiro após a Reforma Ortográfica, consulte o artigo Alfabeto Brasileiro (Novo Acordo Ortográfico).
LETRAS MAIÚSCULAS
O uso obrigatório das letras maiúsculas foi simplificado, portanto, elas se restringem:
·         A nomes próprios de pessoas, lugares, instituições e seres mitológicos;
·         A nomes de festas;
·         À designação dos pontos cardeais;
·         Às siglas;
·         Às letras iniciais de abreviaturas;
·         E aos títulos de periódicos (jornais).
Agora é facultativo usar a inicial maiúscula em nomes que designam áreas do saber (português, Português), nos títulos (Doutor, doutor Silva; Santo, santo Antônio) e nas categorias de logradouros públicos (Rua, Rua do Sorriso), de templos (Igreja, igreja do Bonfim) e edifícios (Edifício, edifício Paulista).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOREQUE, Fernanda Odilla Flávia. Governo adia novo acordo ortográfico para 2016. Folha de S. Paulo, Brasília, 20 dez. 2012. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1204152-governo-adia-novo-acordo-ortografico-para-2016.shtml >. Acesso em 11 mar. 2013.
FARACO, Carlos Alberto. Novo Acordo Ortográfico. Disponível em: < http://www.parabolaeditorial.com.br/downloads/novoacordo2.pdf >. Acesso em 11 mar. 2013.
SANTOS, Vera Lúcia Pereira dos. Novo Acordo Ortográfico. Disponível em: < http://sejaetico.com.br/index.php>. Acesso em 11 mar. 2013.